terça-feira, 16 de outubro de 2012

MDA lança cartilhas sobre a prática do consumo sustentável


Exemplos de consumo para promover o relacionamento justo entre os produtores, comerciantes e consumidores de forma responsável estão disponíveis nas cartilhas A Organização de Grupos de Consumo Responsável; Parceria entre Consumidores e Produtores na Organização de Feiras; e Controle Social na Alimentação Escolar. As publicações são fruto da parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT), e o Instituto Kairós.
Na avaliação do coordenador de apoio às organizações associativas do MDA, Luís Fernando Tividini, as cartilhas mostram alternativas, práticas de consumo que promovem a aliança entre produtores, comerciantes e consumidores, de forma responsável. "Tais práticas têm a intenção de, por um lado, facilitar o acesso dos consumidores a produtos e serviços da agricultura familiar, agroecológica e da economia solidária a um preço justo, ao mesmo tempo em que busca construir com os produtores um canal de escoamento de sua produção com remuneração mais justa e melhores condições de trabalho", afirma.
A SDT vem trabalhando, em parceria com o Instituto, no projeto Consumo Responsável nos Territórios Rurais, envolvendo a agricultura familiar junto às Bases de Serviços de Apoio à Comercialização (BSC) nos territórios e construindo parcerias na discussão e na prática de estratégias de consumo responsável, em especial nos estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Segundo Thaís Mascarenhas, do Instituto Kairós, essa é mais uma iniciativa apoiada pela SDT que tem como objetivo aproximar os produtores familiares aos consumidores em nível territorial. "Essa prática de venda direta possui vantagens, como a possibilidade de se estabelecer um vínculo de identidade entre produção e consumo baseado em princípios mais solidários e sustentáveis", assinala.
Para Thais, as cartilhas possibilitarão maior divulgação do conceito e da prática do consumo responsável nos territórios. "Para o produtor será uma oportunidade de agregar outro atributo ao seu produto. Para os consumidores a vantagem está na possibilidade de saber a origem, a forma de produção e o resultado que gera esse tipo de comercialização, especialmente para as famílias produtoras”, destaca, ao assegurar que o consumo responsável permite maior organização e controle social, favorecendo a construção de um circuito de produção, comercialização e consumo.
Sobre as cartilhas
A cartilha Organização de Grupos de Consumo Responsável mostra como organizar o grupo, sua identidade, a produção, a gestão e os principais desafios enfrentados. Um exemplo do Grupo de Consumo Responsável (GCRs) são as experiências de consumidores e produtores organizados que propõem transformar seu ato de compra em um ato político, visando a sustentabilidade da própria experiência e o bem estar do planeta.
Já a cartilha Parceria entre os Consumidores e Produtores na Organização de Feiras ensina a organizar uma feira, sua produção, infraestrutura, logística e comunicação, entre outros pontos para sua elaboração. A feira, o mais antigo espaço de comercialização existente, é encontrada em todos os lugares, onde os agricultores familiares comercializam suas próprias produções.
A publicação sobre o Controle Social na Alimentação Escolar apresenta o passo a passo das organizações – da produção à entrega dos produtos na escola e a recepção nas escolas até o consumo dos produtos pelos estudantes. O direito à alimentação foi incluído em 2010 na Constituição brasileira. Embora o Brasil seja um dos maiores produtores mundiais de alimentos, ainda enfrenta desafios em relação à desnutrição e à fome. A cartilha mostra diversos atores desde a produção até o consumo final na escola, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). 

As cartilhas também estão disponíveis no site www.institutokairos.net 

Bases de Serviços Técnicos de Comercialização
Bases de Serviços Técnicos de Comercialização (BSC) são instituições que prestam um ou mais tipos de serviços de apoio aos processos produtivos e comerciais dos empreendimentos da agricultura familiar e economia solidária. Podem ser OnGs, associações e cooperativas que, com o apoio do MDA, atuam focadas no recorte territorial ou na escala estadual.
Fonte: Site da SDT

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